CONTEXTUALIZAÇÃO
No século XVII e XVIII, rasgam-se novos horizontes ao pensamento
europeu. A ciência envereda decididamente pelo experimentalismo, destruindo
crenças antigas sobre a Natureza e o Homem.
O entusiasmo gerado pelas novas descobertas contrasta com o
temor de muitos que, vendo desabar o seu sólido mundo de certezas, procuram, em
vão, travar os avanços do conhecimento.
Um olhar crítico, despido de preconceitos, estende-se também
aos regimes políticos, às estruturas sociais, à própria religião. Acreditando nas potencialidades quase
ilimitadas da Razão humana, fazendo dela o seu guia e a sua Luz, os pensadores
do século XVIII – que a história conhece como iluministas – questionam a Velha
Ordem, apontando-lhe as fraquezas e as injustiças.
Admitindo que todos os homens nascem livres e iguais, os
filósofos iluministas destroem os fundamentos do Antigo Regime: a origem divina
do poder; a rígida hierarquização social, a uniformização religiosa. Erguem, em
contrapartida, as ideias do “contrato social”, do valor do indivíduo, da
liberdade de crença e pensamento. Em suma, constrói-se o conjunto de valores
que guiará a Europa em direção à modernidade.
Este fervilhar de ideias novas toca também Portugal.
Assumindo um absolutismo que pretende iluminado pela clarividência da Razão, D.
José I delega em Carvalho e Melo, futuro marquês de Pombal, toda a autoridade
necessária à modernização do país.
Pela mão do Marquês reformam-se instituições do Estado,
submetem-se os privilegiados, modifica-se profundamente o ensino. Ergue-se,
também, dos escombros do Terramoto, a Lisboa pombalina, jóia urbanística do
iluminismo europeu.
ResponderEliminarséculos já se passaram e esse confronto entre religião e ciência permanecem. um nega o que o outro acredita, isso não tem ajudado em nada a humanidade quando se tem que tomar decisões importantes.