UMA SOCIEDADE ESTRATIFICADA E HIERARQUIZADA
A sociedade europeia dos séculos XVII e XVIII era uma
sociedade de ordens fortemente estratificada e hierarquizada, com base no
nascimento e na função social de cada individuo desempenhava. As principais ordens
ou estratos eram o clero, a nobreza e o povo.
Esta sociedade regia-se pela desigualdade dos estatutos
sociais e jurídicos conferidos a cada ordem.
OS PREVILEGIADOS
O Clero e a Nobreza, apesar de representarem apenas cerca de 2%
da população, impunham-se pelos privilégios e riquezas que possuíam.
Em Portugal, O Clero possuía grande parte das terras.
Dividia-se em alto clero e baixo clero,
conforme as funções exercidas e o nível de vida. Muitos elementos do clero eram
filhos deserdados da nobreza que, não dispondo de bens próprios, seguiam a vida
religiosa. Apesar da perda de privilégios, devido à centralização do poder, O
Clero continuava a não pagar impostos e a ser
julgado em tribunal próprio.
Quanto à Nobreza, o seu prestígio aumentava cada vez mais.
Gozava de privilégios como isenção de impostos e leis
próprias. Os
Nobres eram também proprietários de terras e alguns recebiam lucros da sua participação
no comércio.
Existiam também na Nobreza diferentes categorias.
OS NÃO PREVILEGIADOS
No Terceiro Estado,
também existiam vários estratos.
O mais importante era o da alta burguesia, constituído por
homens de negócios, banqueiros e letrados que exerciam altos cargos na
administração e possuíam grande poder económico. Muitos deles eram
cristãos-novos, o que fez com que fossem alvo de perseguições por parte da
Inquisição. Distinguiam-se ainda a média e pequena burguesia, constituídas por pequenos proprietários,
comerciantes e artífices. Nos estratos inferiores da sociedade situavam-se os camponeses, artesãos, pedintes e
escravos, vivendo muitos deles em condições miseráveis.
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