CONTEXTUALIZAÇÃO
No século XVII a afirmação da grandeza do Estado e do poder
real tornou mais evidente a recessão económica que se abateu sobre a Europa. Procurando
ultrapassá-la, elaborou-se a primeira teoria económica consistente, que ficou
conhecida como mercantilismo.
Partindo do principio que a riqueza de uma nação se media
pela quantidade de metal precioso arrecadado nos seus cofres, os mercantilistas
procuram obtê-lo através de um saldo
positivo da balança comercial, fomentando as exportações e reduzindo as
importações.
Esta política económica, altamente protecionista e
competitiva, contribuiu para agudizar as tensões entre os estados europeus, que
se envolveram numa negra série de conflitos pelo domínio das áreas coloniais e
das carreiras marítimas.
Destes conflitos sai vitoriosa a Inglaterra que, em meados
do século XVIII, se impõe como potência hegemónica. Senhora de um grande
império, plena de vigor económico e de espírito inovador, será ela a inaugurar
a era industrial, consolidando assim, por muito tempo, a sua superioridade
económica.
Integrado nesta Europa turbulenta, Portugal continua a ter
no comércio o seu principal sustento. Porém, também no nosso país se tomam
medidas concertadas de fomento industrial: primeiro, sob a orientação do conde
Ericeira, como forma de debelar a grave crise do final do século XVII; depois,
sob a mão forte do marquês de Pombal, empenhado em eliminar o enorme défice da
nossa balança comercial que, durante meio século, canalizou para a Inglaterra o
ouro que nos chegava do Brasil.
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