quarta-feira, 25 de julho de 2012

CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 5: UNIDADE 4: A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL

CONTEXTUALIZAÇÃO
No Portugal do Antigo Regime, as Invasões Francesas (1807-1811) deixaram profundas marcas. Entre elas, a difusão dos ecos liberais, a desorganização económica, a instalação da Corte no Brasil, a entrega do Reino à “proteção” da Inglaterra.
Toda esta conjuntura concorreu para a Revolução Liberal de 1820. Invocando a regeneração da Pátria, expulsou-se os ingleses, exigiu-se o regresso do rei e a adoção de uma monarquia constitucional.
A ação do vintismo pautou-se pelo radicalismo. Retirou privilégios à nobreza e ao clero e diminuiu fortemente as prerrogativas reais. Ao ódio dos partidários do Antigo Regime, juntou-se a insatisfação popular, perante a tibieza da legislação socioeconómica, e o descontentamento burguês pela emancipação do Brasil.
Nem sequer a tentativa de apaziguamento político-social, representada pela outorga da Carta Constitucional (1826), foi suficiente para suster a resistência ao liberalismo. Só ao cabo de uma guerra civil de dois anos (1832-1834), a causa liberal triunfou. A legislação de Mouzinho da Silveira encarregou-se, entretanto, de liquidar o Antigo Regime.
Apesar de definitivamente vitorioso, nem por isso o liberalismo decorreu sem sobressaltos. Até 1851, moderados e radicais alternaram-se no poder, dando corpo –os primeiros- aos projetos cartistas e cabralista e os segundos ao setembrismo.

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