CONTEXTUALIZAÇÃO
Toda esta conjuntura concorreu para a Revolução Liberal de
1820. Invocando a regeneração da Pátria, expulsou-se os ingleses, exigiu-se o
regresso do rei e a adoção de uma monarquia constitucional.
A ação do vintismo pautou-se pelo radicalismo. Retirou
privilégios à nobreza e ao clero e diminuiu fortemente as prerrogativas reais.
Ao ódio dos partidários do Antigo Regime, juntou-se a insatisfação popular,
perante a tibieza da legislação socioeconómica, e o descontentamento burguês
pela emancipação do Brasil.
Nem sequer a tentativa de apaziguamento político-social,
representada pela outorga da Carta Constitucional (1826), foi suficiente para
suster a resistência ao liberalismo. Só ao cabo de uma guerra civil de dois
anos (1832-1834), a causa liberal triunfou. A legislação de Mouzinho da
Silveira encarregou-se, entretanto, de liquidar o Antigo Regime.
Apesar de definitivamente vitorioso, nem por isso o
liberalismo decorreu sem sobressaltos. Até 1851, moderados e radicais
alternaram-se no poder, dando corpo –os primeiros- aos projetos cartistas e
cabralista e os segundos ao setembrismo.
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