Realismo
Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Antero de Quental e Teófilo Braga foram alguns dos mais importantes vultos que constituíram a chamada «Geração de 70», que, a partir da «Questão Coimbrã» (polémica entre Castilho e Pinheiro Chagas), deu origem às «Conferências do Casino», na qual se enunciaram os mais importantes preceitos de uma nova cultura, que em grande parte se liga ao realismo de proveniência francesa e europeia. Os romances de Eça e a poesia de Antero ligam-se (no primeiro integralmente; no segundo, apenas em parte) a essa nova estética, que é também representada pelos romances de Júlio Dinis e pela poesia de Cesário Verde (embora esta, como a de Gomes Leal e a de Guerra Junqueiro, apresente já nexos com a poesia simbolista). O realismo procura retomar a objectividade na literatura (contra o subjectivismo emocional romântico), a sua ligação crítica mas construtiva à sociedade, e o rigor da escrita poética, assente num rigor reflexivo e numa planificação composicional
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