Quadro de Claude Lorrain que representa um porto de mar francês de 1638, no momento fundamental do mercantilismo |
Dado que a grande maioria dos pagamentos internacionais se faziam, nessa altura, com ouro e prata, toda a política económica centrava os seus esforços na manutenção de uma Balança Comercial favorável de forma a que a entrada de metais preciosos para pagamento das exportações fosse superior à sua saída para pagamento das importações.
Para isso eram criadas medidas restritivas às importações através de pesadas taxas alfandegárias e em simultâneo eram fomentadas as exportações através do estimulo ao desenvolvimento da produção manufactureira nacional.
A par deste aumento do intervencionismo do Estado na regulação da produção e do comércio e no desenvolvimento de mecanismos proteccionistas da economia nacional, são também criados regimes de exclusividade nas relações comerciais com as colónias.
O mercantilismo teve a sua máxima expressão em França, facto que em grande medida se deveu a Jean-Baptiste Colbert, ministro do rei Luís XIV, razão pela qual o mercantilismo também seja conhecido como Colbertismo. As medidas implementadas por Colbert assentavam essencialmente na criação e desenvolvimento de manufacturas, quer do Estado, quer de particulares, e na criação de medidas proteccionistas dos interesses económicos nacionais através da implementação de elevadas taxas alfandegárias e da atribuição de diversos privilégios às manufacturas.
Em Inglaterra e na Holanda o mercantilismo não assumiu uma profundidade tão elevada, com o intervencionismo estatal a ser muito menos acentuado e a manifestar-se essencialmente no incremento das actividades mercantis através do desenvolvimento das suas frotas mercantes e através de medidas limitadoras do acesso de embarcações estrangeiras aos seus portos.
Quanto a Portugal e Espanha, emergiu um outro tipo de mercantilismo: o mercantilismo metálico ou bulionismo. O mercantilismo metálico assentava numa política de procura directa dos metais preciosos na sua origem (América e África) e a sua acumulação nos seus cofres.
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