CONTEXTUALIZAÇÃO
Fruto da estreita ligação entre o
laboratório e a fábrica, o ritmo das inovações acelerou-se. Novas fontes de
energia, como a eletricidade e o petróleo, e novos sectores de ponta, como a
siderurgia e a química, marcam a segunda metade do século. As distâncias
encurtam-se, dada a rapidez crescente dos transportes e dos meios de
comunicação.
Perfeitamente consolidado, o
capitalismo industrial impõe as suas regras. A livre-concorrência força a
concentração empresarial e a otimização dos recursos produtivos. No fim do
século, estão já constituídos os primeiros gigantes económicos e estudam-se as formas
de uma maior rentabilização do trabalho humano.
Pioneira da industrialização mundial,
a Inglaterra mantém, até cerca de 1870, um lugar destacado entre as grandes
potências. A confiança nas capacidades da sua economia leva-a a defender o
livre-cambismo como a fórmula mais eficaz para a prosperidade geral. A Europa
escuta-a e suspende os entraves à livre circulação de mercadorias. As trocas
mundiais praticamente duplicam em menos de um século.
A expansão do capitalismo não se faz,
porém, sem sobressaltos. Repetidas crises cortam bruscamente os anos de
prosperidade e lançam os países mais ricos num clima de desorientação e na
miséria social. Faltam, ainda, mecanismos de controlo económico que só a
evolução do sistema permitirá aperfeiçoar.
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