Mapa extraído de "A economia de Portugal Pombalino", Rumos da História 8, Acetato 7, Ed. Asa
Quando o boom comercial começou a afrouxar, a partir de 1712, nova tentativa de desenvolver a indústria se registou, em especial nas décadas de 20 e de 30. Capitais, artífices e técnicos franceses e ingleses ajudaram a construir outras manufaturas de tecidos e de vidro em Lisboa e na província. Na capital surgiu tamém uma grande fundição de ferro. Outras atividades incluíam o fabrico de sabão, papel, couros, vidros, seda, pólvora e embarcações. Mas os resultados mostraram-se, em geral, pouco convincentes. (...) Foi só no governo de Pombal que uma política mais frutuosa pôde ser levada a efeito. Durante oito anos (1769-77), novamente em época de depressão, o governo ajudou ao estabelecimento de centenas de pequenas fábricas para refinação de açúcar, metalurgia, têxteis de lã, de seda e de algodão, chapéus, louça, vestuário, papel, ferramentas, vidro e assim por diante. Relevem-se as indústrias transformadoras de produtos coloniais (açúcar, couros, tabacos, algodão), permitindo articular as economias da metrópole e do império. Na sua maioria, foram criadas em Lisboa (55%) e no Porto (22%), mas por todo o País se podiam encontrar pequenas oficinas artesanais, especialmente perto do mar.
MARQUES, Oliveira - História de Portugal, volume II, Editorial Presença, 1998.
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