sábado, 14 de dezembro de 2013

A encenação do poder absoluto

«Os convites para as frequentes festas ou para os passeios privados em Versalhes foram os meios de que o rei se serviu para distinguir os cortesãos e para manter todos eles sempre ansiosos por agradar-lhe [...]. O rei olhava continuamente à direita e à esquerda, quando se levantava, ao deitar-se, durante as refeições, ao passar pelas salas e pelos jardins de Versalhes, o único lugar onde todos os cortesãos tinham liberdade de segui-lo: via e notava toda a gente, ninguém lhe escapava, nem mesmo aqueles que julgavam não ser vistos [...]. Para as pessoas de maior distinção, era vergonha não viver permanentemente na corte ou ir lá só de quando a quando.»

Saint-Simon, Memórias

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