Na monarquia absoluta, o rei utilizava a vida em corte para mais facilmente controlar a Nobreza e o Clero. O grupo que rodeava o rei (sociedade de corte) estava constantemente sujeito à vigilância deste. Em França, o centro da vida de corte desenrolava-se no Palácio de Versalhes, onde habitavam orei e a alta nobreza. O Palácio era, simultaneamente, lugar de governação, de ostentação do poder e de controlo das ordens privilegiadas.
Todos os atos quotidianos do rei eram ritualizados, “encenados” de modo a endeusar a sua pessoa e a submeter as ordens sociais. Cada gesto tinha um significado social ou político, pelo que, através da etiqueta, o rei controlava a sociedade. Um sorriso, um olhar reprovador assumiam um significado político, funcionando como recompensa ou punição de determinada pessoa. O cerimonial do acordar do rei Luís XIV, conhecido por “entradas”, através do qual o Rei-Sol submetia a corte a uma hierarquia rigorosa.
Todos os atos quotidianos do rei eram ritualizados, “encenados” de modo a endeusar a sua pessoa e a submeter as ordens sociais. Cada gesto tinha um significado social ou político, pelo que, através da etiqueta, o rei controlava a sociedade. Um sorriso, um olhar reprovador assumiam um significado político, funcionando como recompensa ou punição de determinada pessoa. O cerimonial do acordar do rei Luís XIV, conhecido por “entradas”, através do qual o Rei-Sol submetia a corte a uma hierarquia rigorosa.
O coche real:Como símbolo do Poder Real, o tejadilho está encimado por uma coroa e apresenta figuras de dragões alados representando a Casa de Bragança
Quotidiano: Século XVIII-Um Elegante do Século XVIII |
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Descrição | |||||||||||
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«Tenho o prazer de lhes apresentar o elegante
português de 1720. Nunca saiu de Lisboa, mais lisboeta só uma alface. Está sentado ao toucador, pintando-se, polvilhando-se, fazendo caretas diante de um espelhinho e cantando os versos que ouvira na última comédia do teatro do Bairro Alto. (...) Calça sapatos de salto com grandes fivelas de prata. Já tomou o seu bochecho de água de rosas; arrepiou os cabelos mais eriçados que se visse um lobo, para encaixar a cabeleira postiça (...) Ata a sua gravatinha; ajusta sobre a camisa a véstia de cetim e veste a sua casaquinha verde. Tira do cabide o seu chapéu de três cantos; pega no «quito» (espada muito pequenina que mais parece uma jóia) e no lenço muito branco e fino. (...) Está pronto. E gritar pelo negrinho da casa que lhe abra a porta e abalar escada abaixo, em pé de dança.» Júlio Dantas, 1917 (adaptado)
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