António Vieira, em 1633, (...) então um jovem de 26 anos, desenvolveu a ideia de serem os africanos e negros, por ele chamados de “etíopes”, os eleitos de Deus e feitos à semelhança de Cristo para salvar a humanidade através do sacrifício.
No engenho, pregava Vieira aos escravos, “sois imitadores de Cristo crucificado [...], porque padecíeis de um modo muito semelhante o que o mesmo senhor padeceu na sua cruz, e em toda a sua paixão.” (...)
Recomendação de paciência com a promessa da salvação gloriosa devida por Deus aos mártires, eis o que pregava Vieira aos negros.
(Ronaldo Vainfas, Deus contra Palmares – Representações senhoriais e ideias jesuíticas. In: João José Reis e Flávio dos Santos Gomes, Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)
(Ronaldo Vainfas, Deus contra Palmares – Representações senhoriais e ideias jesuíticas. In: João José Reis e Flávio dos Santos Gomes, Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)
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