As viagens de Serpa Pinto (1877-79; 1885-86) e de Capelo e Ivens (1877-80; 1884-85) "foram apenas as mais famosas de muitas expedições, onde dezenas de comerciantes, oficiais do Exército e da Marinha e cientistas, dentro dos actuais limites de Angola e Moçambique, contribuíram para um melhor e definitivo conhecimento geográfico das duas regiões (...). De facto, o motivo principal de quase todas as viagens foi a necessidade de afirmação da soberania ou suserania portuguesas sobre territórios historicamente considerados sob a bandeira das quinas. Razões de ordem geográfica e económica estiveram também por detrás mas o seu papel foi secundário. (...) O tratado anglo-português de 1890, definindo as fronteiras entre as Áfricas inglesa e portuguesa, trouxe consigo a necessidade de um conhecimento completo e exacto de, pelo menos, toda a região fronteiriça. Delineando o quadro das modernas Angola e Moçambique, estimulou os Portugueses a levar a efeito uma exploração integral dos territórios que lhes couberam, tarefa empreendida (...) na última década do século XIX e na primeira do século XX".
Texto extraído de MARQUES, Oliveira - História de Portugal, vol. III, Editorial Presença, 1998.
Texto extraído de MARQUES, Oliveira - História de Portugal, vol. III, Editorial Presença, 1998.
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