Em agosto de 1914, do soldado raso até aos mais importantes dirigentes, era praticamente geral a convicção de que a guerra iria durar pouco - talvez umas semanas ou uns meses. A mobilização geral de milhões de homens e os planos estabelecidos pelos Estados Maiores pareciam impossibilitar uma guerra muito longa. Contudo, no fim do ano, depois da "corrida para o mar", os exércitos dos "Aliados" (Franceses, Ingleses e Belgas) e dos Alemães acharam-se enterrados em duas linhas de trincheiras que corriam do Mar do Norte até à fronteira suíça. A passagem da guerra de movimento a uma imprevista guerra de cerco deixou os adversários seriamente abalados. Por muito grande que fosse o potencial - cada vez maior - dos meios materiais postos em ação, todas as tentativas de rutura da frente contrária para retomar a guerra de movimento se frustravam. Além das centenas de milhares de mortos, nenhuma dessas batalhas teve resultados significativos. Em 1917, o Alto Comando Alemão persuadiu-se de que poderia ganhar a guerra desencadeando uma guerra submarina que asfixiasse a Inglaterra e a obrigasse a pedir a paz. A frota mercante inglesa sofreu perdas enormes, mas o melhoramento dos meios de luta anti-submarina e a entrada dos Estados Unidos na guerra permitiram que os Aliados resistissem. No princípio de 1918, combinadas com o uso de novas armas, as tropas americanas dariam a vantagem decisiva aos Aliados.
Texto adaptado de História da Europa, Ed. Estampa, 1993.
Sem comentários:
Enviar um comentário